Na última segunda-feira (23), o presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, lançou, na sede da Fiesp, a modalidade de Transformação Digital do programa Brasil Mais Produtivo (B+P).

Com o objetivo de qualificar e aumentar a produtividade de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), a iniciativa de MDIC, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), SENAI e SEBRAE, agora conta com duas frentes principais para incentivar a digitalização industrial.

A primeira linha de ação envolve as Smart Factory, com um investimento de R$ 160 milhões proveniente de uma parceria entre a FINEP e o BNDES. Ambas as instituições aportarão R$ 80 milhões em recursos não reembolsáveis, com a expectativa de desenvolver até 300 projetos de inovação, impactando positivamente cerca de 8,4 mil MPMEs.

A segunda frente diz respeito às consultorias em transformação digital, direcionadas a médias empresas industriais. Com subsídio de 70% pela ABDI, as consultorias, que começarão ainda este ano, visam atender até 1,2 mil empresas até 2027. Utilizando a ferramenta SIRI (Smart Industry Readiness Index), as consultorias ajudarão a avaliar a maturidade digital das empresas, identificando áreas que necessitam de melhorias e investimentos.=

O presidente da FIESP e do SENAI-SP, Josué Gomes da Silva, destacou a importância da união de esforços entre as instituições para priorizar a indústria de transformação nacional. “Essas ações trarão resultados significativos, contribuindo para a redução das desigualdades e o desenvolvimento social do Brasil”, afirmou.

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, enfatizou que o objetivo do governo é digitalizar e qualificar as empresas brasileiras, com R$ 2 bilhões em investimentos. “O SENAI fará diagnósticos, o Sebrae desenvolverá projetos, e BNDES, Finep e EMBRAPII financiarão”, afirmou.

Metas e Expectativas

De acordo com Uallace Moreira, Secretário de Desenvolvimento Industrial do MDIC, a meta do B+P é digitalizar 25% das empresas brasileiras até 2026 e 50% até 2033, prevendo um crescimento de 9,5% na digitalização. “Indústria significa emprego, renda, inclusão social e inovação tecnológica”, ressaltou.

A FINEP, segundo o diretor de inovação Elias Ramos, tem se empenhado em investir na política industrial do país, com R$ 16 bilhões alocados, sendo R$ 3 bilhões especificamente para transformação digital e aumento de produtividade.

O diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do BNDES, Alexandre Abreu, também anunciou novos recursos e linhas de crédito voltadas para MPMEs que estejam em processo de digitalização, visando um apoio mais intensivo à indústria. “No último ano, as aprovações de crédito para a indústria cresceram 81% no primeiro trimestre de 2024”, destacou Abreu.

Compromisso com a Inovação

O presidente da EMBRAPII, Álvaro Prata, lembrou que a inovação envolve riscos, mas a instituição busca apoiar a indústria com agilidade e menos burocracia. “Já contratamos 94 projetos ligados ao Brasil Mais Produtivo, onde a indústria contribui com uma parte do valor”, disse Prata.

Bruno Quick, presidente em exercício do Sebrae Nacional, enfatizou a importância da colaboração entre o setor público e privado para trazer produtividade às MPMEs. “Precisamos vencer barreiras e facilitar o acesso a políticas públicas”, afirmou.

O presidente da ABDI, Ricardo Capelli, reforçou que o foco está em auxiliar os empreendedores na transformação digital, com o objetivo de atender até 200 mil empresas até 2026.

Com essa nova modalidade, o Brasil Mais Produtivo se mostra como uma plataforma essencial para a modernização e fortalecimento da indústria brasileira, prometendo um futuro mais inovador e competitivo.

(Fonte: SENAI-SP)

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