Nesta quinta-feira (24), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) promoveu mais uma edição do Quintas da CBIC, abordando os “Desafios da Mão de Obra na Construção Civil”. O evento reuniu representantes do setor para discutir a escassez de trabalhadores qualificados e as dificuldades de treinamento e retenção de talentos na construção civil. O debate trouxe uma análise da situação atual e discutiu possíveis soluções práticas, além de padronizar o debate sobre como as empresas podem se adaptar às novas demandas tecnológicas. 

A mediação foi realizada por Eduardo Aroeira, vice-presidente da CBIC, que destacou a importância do debate para o setor. “Todos nós da construção discutimos e nos preocupamos todo dia com esse assunto. Seja por falta de mão de obra, seja por causa da qualificação da mão de obra, ou seja, por conta da necessidade da mudança de mão de obra”, disse.  

Ricardo Dias Michelon, vice-presidente da área de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, comentou sobre a escassez de mão de obra: “O tema da escassez de mão de obra dentro do setor se aprofundou, e ele é o tema que mais tem surgido como demanda para a nossa instituição”, disse Michelon. “A construção civil emprega hoje quase cerca de 3 milhões de trabalhadores formais, mas são quase 7 milhões de ocupados”. 

Michelon também enfatizou a importância de mudar a percepção da sociedade sobre o setor. “A gente precisa mudar a percepção da sociedade, do empresário, a percepção do trabalhador do que é a construção civil”, afirmou.  

O presidente da CPRT destacou os próximos passos para a conscientização do setor em nível nacional. “Estamos finalizando uma pesquisa nacional voltada para os trabalhadores, cujo objetivo é compreender suas motivações, perfis, desafios e anseios. Esta pesquisa foi realizada em todos os estados e contará com a participação de cerca de duas mil pessoas”, afirmou. 

Greice de Rossi, consultora sênior de Inovação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/RS, abordou a atração e retenção de talentos. “A construção civil enfrenta desafios importantes na atração, capacitação e retenção de talentos. É crucial oferecer uma remuneração competitiva.”, disse.  

 “A pesquisa realizada com empresários e trabalhadores do setor revelou que a valorização, o reconhecimento das habilidades técnicas e a oferta de um plano de carreira claro são essenciais para reduzir a rotatividade”, completou.  

Renata Aschar, diretora de negócios do Sienge Plataforma e do GO Gestor Obras, comentou sobre a mudança nas expectativas das novas gerações. “Hoje o mercado de trabalho mudou porque as necessidades dessas gerações que vêm vindo são necessidades hoje diferentes daquelas que se tinham no passado”, comentou. “O cenário real é que o mercado da construção, principalmente quando a gente fala ali do canteiro de obra, era um mercado visto como um mercado de alternativa e de oportunidade”, disse a diretora de negócios da Sienge Plataforma.  

O tema tem interface com o projeto “Conhecimento, Segurança e Saúde no Trabalho”, da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, com a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi).  

Acesse o conteúdo na íntegra e fique por dentro do debate.  

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