Federação das Indústrias do Rio de Janeiro apoia a sanção do PL aprovado pelo Senado, mas pede vetos aos “jabutis”
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) reconhece a importância da aprovação, no Senado, do Projeto de Lei que regulamenta a implantação da energia eólica offshore. No entanto, a federação repudia a inclusão de dispositivos que causarão uma distorção na economia brasileira, prejudicando a competitividade da indústria nacional, que tem na energia elétrica um dos seus principais insumos.
A revisão do preço-teto para as térmicas a gás natural é uma medida que promoverá, de maneira artificial, a geração de energia a partir de gás em locais que não possuem vocação para tal, distantes dos centros de consumo. Levar o gás para locais remotos e depois retornar esse insumo – na forma de energia elétrica pelos fios de transmissão -, não faz sentido econômico.
Há dispositivos que vão na contramão do desenvolvimento de energias limpas, como incentivo ao carvão, além de outros dispositivos que não se relacionam com o objetivo central que o Projeto de Lei busca regulamentar. O resultado desses “jabutis” é elevação do custo em geral da energia, afetando diretamente a competitividade do país.
A Firjan destaca o potencial da aprovação do projeto em resultados para o Brasil: capacidade de 182 GW, com investimento previsto de US$ 495 bilhões e geração de 4,3 milhões de postos de trabalho. Somente para o estado do Rio de Janeiro, a capacidade de geração é de 24 GW, com previsão de investimento de US$ 65 bilhões e 576 mil postos de trabalho. Além disso, também envolverá grandes empresas de energia com projetos integrados para descarbonização da produção de óleo e gás e para geração de hidrogênio, possibilitando, também, o desenvolvimento de cadeias produtivas.

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