Em 2024, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) buscou reafirmar sua responsabilidade social por meio de ações impactantes tanto para o setor quanto para a população. “As iniciativas deste ano procuraram promover um setor mais inclusivo, sustentável e inovador, valorizando os trabalhadores, capacitando lideranças, empoderando mulheres e integrando princípios de governança social, ambiental e administrativa”, destaca o presidente da entidade, Renato Correia.
Essas atividades integraram o projeto ‘Responsabilidade Social na Indústria da Construção’, realizado por três comissões temáticas da CBIC e correalizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI). Confira o que foi feito de mais relevante em cada um dos seis objetivos do projeto:
Valorização do trabalhador
A Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da CBIC desenvolveu ações de valorização do trabalhador da construção civil, por meio da promoção do bem-estar e do conhecimento, buscando não só melhorar as condições de trabalho, mas também oferecer oportunidades de crescimento pessoal. Uma importante entrega da CRS (em conjunto com a Comissão de Política de Relações Trabalhistas, a CPRT), foi a pesquisa nacional Perfil do Profissional da Construção Civil. Apresentada durante o 99º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), ela trouxe informações fundamentais para orientar ações de valorização do trabalhador e para tornar o setor mais inclusivo e atraente.
O Dia Nacional da Construção Social (DNCS), maior evento de responsabilidade social do setor, promoveu em um sábado de agosto atividades e serviços nas áreas de saúde, lazer e cidadania para profissionais e familiares. Em parceria com o SESI e o Seguro Pasi, a CRS coordenou as atividades de suas entidades associadas país afora. Na edição deste ano, foram mais de 100 mil atendimentos a 28 mil pessoas em 12 estados em um só dia.
Desenvolvimento de lideranças
O ‘CBIC Jovem’ vem se consolidando como um núcleo estratégico para formar jovens lideranças na construção civil, promovendo capacitações sob a perspectiva dos skills necessários para uma gestão mais inovadora, conectada e alinhada as atuais demandas do setor.
Entre os destaques do ano estão o ‘Projeto Se Essa Rua Fosse Minha’, realizado em parceria com a Comissão de Infraestrutura (COINFRA/CBIC) e visa criar uma rua modelo que represente as necessidades e aspirações das comunidades que será cenograficamente apresentada no ENIC 100; Capacitação em políticas públicas, compliance e relacionamento com o setor público, para que os jovens atuem como agentes de mudança, compreendendo como o governo toma decisões e as razões por trás dessas escolhas, como forma de melhorar o diálogo entre empresários e o poder público. brasileiras.
Empoderamento feminino
O ‘Elas Constroem’ busca ampliar a participação feminina na construção civil por meio de mentorias, rodas de conversa e capacitações que abordam temas como autoconhecimento, redes de apoio e estratégias para enfrentar desafios. Para tanto, em 2024, a CRS promoveu debates sobre liderança feminina e inclusão em conselhos corporativos, além de participar de eventos como a live ‘Quintas da CBIC’, reforçando seu compromisso com a equidade de gênero e a transformação da construção civil em um ambiente mais inclusivo.
ESG no setor da construção
A CRS também se dedicou a incentivar empresas e sindicatos do setor a adotarem ações que atendam aos critérios ambientais, sociais e de governança (em inglês, ESG). O objetivo é incentivar o setor em um modelo de referência sustentável e responsável, alinhado às exigências atuais do mercado e da sociedade. Em 2024, a CRS elaborou uma série de cards com conteúdos informativos sobre os conceitos ESG com dicas para as empresas implantarem o diagnóstico. Também, fez a curadoria das palestras apresentadas sob esta temática no evento Construa Sul Fluminense-RJ.
“Por meios desses objetivos do projeto realizado pela CBIC com o SESI reforçamos neste ano o compromisso de construir um setor mais inclusivo, sustentável e humano, onde os trabalhadores são valorizados, as mulheres conquistam espaço, os jovens lideram inovações e a responsabilidade social e ambiental está no centro das nossas ações”, destaca a presidente da CRS e vice-presidente de Responsabilidade Social da CBIC, Ana Cláudia Pontes.
O Futuro da Minha Cidade
Coordenado pela Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da CBIC, o projeto visa criar e fortalecer o protagonismo da sociedade organizada a fim de pensar e atuar no planejamento de um futuro para as suas cidades. Em 2024, a iniciativa alcançou 33 cidades brasileiras, incluindo este ano novas cidades: Frutal (MG) e Mirassol (SP), tendo como integrantes cidades como São José do Rio Preto (SP) e Manaus (AM), oito Conselhos e Mobilizações implantadas, como o Codese-DF, Mobi Caixas e Codese Goiânia, entre outros. Foram promovidos também diversos workshops e outros eventos que destacaram a importância das governanças colaborativas e da resiliência urbana.
A CMA abordou a temática sobre sustentabilidade urbana e intensificou o debate sobre governança colaborativa como ferramenta essencial para enfrentar descontinuidade de programas importantes para a cidade, com uma visão de futuro mais resiliente às mudanças climáticas, por exemplo, durante o 98º ENIC e no Workshop de Intercâmbio. “As ações reafirmam o esforço da CBIC para tornar as cidades mais inclusivas, seguras e alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, explica o vice-presidente de Meio Ambiente da CBIC e presidente da CMA, Nilson Sarti.
Segurança habitacional e moradia digna ao trabalhador
O projeto busca garantir melhores condições de moradia para os trabalhadores da construção civil, promovendo segurança, dignidade e qualidade de vida. Ele visa proporcionar soluções habitacionais acessíveis e adequadas, alinhando-se aos princípios de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.
“Em 2024 intensificamos as ações para enfrentar o déficit habitacional no Brasil, promovendo diversas rodadas de negócios, reunindo representantes do setor público e privado para discutir metas e desafios na construção de moradias sociais. Em 2025, esperamos fazer muito mais”, resume Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC e presidente da CHIS.
Em agosto, uma dessas rodadas contou com a participação de membros do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal, abordando estratégias para ampliar o acesso à habitação digna. Em outro exemplo, em novembro, a CBIC realizou o seminário ‘Diálogos de Habitação’, em Natal (RN), debatendo o financiamento para a habitação no Brasil em 2025, com foco na sustentabilidade do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] e no programa Minha Casa Minha Vida.
Segundo Duarte, o Brasil vive atualmente um momento muito importante do MCMV, desde os ajustes realizados em 2023, e que a entidade tem trabalhado junto ao Governo Federal para reduzir o déficit habitacional. “Em 2024, alcançamos um valor recorde na fonte de recursos do FGTS, e em todo o Brasil esses números estão crescendo. A CBIC tem atuado fortemente, apresentando sugestões para garantir fundos adicionais e continuar avançando e evoluindo. Exemplo disso é que a CBIC tem defendido o fim do saque-aniversário e do consignado do FGTS por entender que eles podem comprometer a sustentabilidade do fundo e prejudicar trabalhadores. Temos reforçado a necessidade de preservar os recursos do Fundo para suas funções originais, como habitação, infraestrutura e proteção ao trabalhador”, acrescenta.
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