A Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CMA/CBIC) realizou sua terceira reunião ordinária de 2024 no dia 24 de outubro, abordando temas importantes para o setor, incluindo a construção da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB) e a COP29. Com a presença de representantes do Ministério da Fazenda, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e outros, o encontro destacou a necessidade de alinhamento entre iniciativas ambientais e as práticas do setor da construção. 

Nilson Sarti, vice-presidente da área de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CBIC, abriu a reunião destacando o papel essencial da TSB na condução das ações do setor em direção à sustentabilidade. “A TSB não é apenas uma regulamentação; é um guia para alinhar atividades do setor da construção aos objetivos climáticos e ambientais do Brasil”, afirmou. 

O papel da Taxonomia Sustentável Brasileira 

Matias Rebello Cardomingo, coordenador-geral de Análise de Impacto Social e Ambiental do Ministério da Fazenda, explicou que a Taxonomia Sustentável Brasileira busca criar um “pacto nacional sobre as atividades prioritárias para atingir nossos objetivos climáticos, ambientais e sociais”. Segundo Cardomingo, o primeiro conjunto de anexos técnicos será lançado para consulta pública durante a COP29 possivelmente até fevereiro de 2025. “Essa taxonomia servirá como uma ferramenta para orientar investimentos financeiros para atividades realmente alinhadas com os compromissos ambientais e sociais do país”, afirmou. 

Desafios e Oportunidades 

Priscila Pereira, especialista em Políticas e Indústria da CNI, reforçou a importância da TSB para a competitividade da indústria brasileira. “A TSB cria oportunidades para redirecionar fluxos de financiamento, promovendo a sustentabilidade e alinhando o setor industrial aos compromissos climáticos do Brasil”, declarou. Pereira destacou também os desafios para implementação das normas, como a necessidade de adaptação dos setores e a inclusão das pequenas e médias empresas no processo. 

Lílian Sarrouf, integrante da CMA/CBIC e representante do SindusCon-SP e titular da CBIC no Comitê Interinstitucional da Taxonomia Sustentável Brasileira, frisou o impacto da TSB para o setor de construção civil, ressaltando a relevância da inclusão das atividades de infraestrutura. “Precisamos olhar para toda a cadeia de infraestrutura, incluindo obras de saneamento e transporte, com uma abordagem sustentável”, defendeu. 

Próximos passos e expectativas 

O lançamento da consulta pública para a TSB durante a COP29, em novembro, será um marco importante para o setor. A expectativa é que os critérios e metas estabelecidos pela TSB incentivem práticas mais sustentáveis e o desenvolvimento de novas tecnologias. 

Para Sarti, a CBIC e seus parceiros terão um papel essencial na construção de um setor mais sustentável: “Estamos caminhando para um futuro onde sustentabilidade e competitividade andam de mãos dadas. É um desafio, mas acreditamos que estamos no caminho certo”, concluiu. 

O tema tem interface com o projeto “Descarbonização do setor da Indústria da Construção e os Negócios e Soluções Inovadoras em Sustentabilidade”, da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da CBIC, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). 

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