O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, teve reunião com os presidentes da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Marco Aurélio Barcelos, e da Associação Paulista de Associação para o Progresso de Empresas de Obras de Infraestrutura Social e Logística (Apeop) e vice-presidente de Infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, nesta quarta-feira (25), em São Paulo, para discutir a aproximação de pautas entre as instituições e perspectivas para o setor.
Durante o encontro, realizado na sede da Apeop, os executivos apresentaram números e informações acerca de projetos em andamento e previstos, Brasil afora, para obras infraestrutura em geral, especialmente de transporte, incluindo investimentos privados e públicos.
Correia, Barcelos e Lima Jorge também avaliaram desafios do setor diante de previsões de ampliação de investimentos na área, como a formação contínua de trabalhadores, disponibilidade de equipamentos pesados, condições de oferta de financiamento, estabelecimento de matrizes de risco, mudanças climáticas, regulação de serviços, previsibilidade, arcabouço tributário, entre outros pontos.
Renato Correia destacou que o Brasil precisa dobrar seus investimentos em infraestrutura. “Atualmente, o país investe cerca de R$ 200 bilhões anuais, sendo R$ 50 bilhões do setor público e R$ 150 bilhões da iniciativa privada. Seria necessário pelo menos mais R$ 200 bilhões para que o país pudesse avançar de forma significativa no desenvolvimento econômico”, disse.
Lima Jorge, que também preside a Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da CBIC, ressaltou a importância de um ambiente regulatório adequado para melhorar a eficiência e a produtividade no setor de construção, mencionando que a legislação atual sobre licitações e pregões eletrônicos muitas vezes prejudica a execução de grandes obras públicas, como escolas e hospitais.
Para Marco Aurélio Barcelos, o setor privado tem se preparado para retomar investimentos em todas as regiões brasileiras e analisa a segurança jurídica e de gestão para poder colocar em prática projetos que devem ajudar a desenvolver a infraestrutura nacional.
Entre os encaminhamentos, os presidentes sinalizaram a proposta de criar conjuntamente um conteúdo técnico a respeito de segurança para investimentos, nos âmbitos jurídico, econômico-financeiro e político, para referenciar empresas do setor e o poder público.
O tema tem interface com o projeto ‘Segurança Empresarial como Ferramenta para Geração de Empregos, Redução das Desigualdades Sociais, Desenvolvimento Sustentável da Competitividade e Inovação no Setor de Infraestrutura’, da Coinfra/CBIC, em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
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