Na última quinta-feira (22), a cidade de Maringá recebeu a 2ª Reunião Ordinária de 2024 da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O evento debateu importantes avanços e iniciativas da construção, com foco em sustentabilidade e inovação.
A programação começou no Eurogarden Maringá, reconhecido como o bairro mais sustentável do mundo. O bairro conquistou a pré-certificação WELL e a Certificação LEED v.4.1, destacando-se entre mais de 160 países. A discussão evidenciou o compromisso da CBIC com práticas sustentáveis e a promoção de comunidades mais verdes.
Durante a reunião, Nilson Sarti, vice-presidente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CBIC, destacou a relevância das ações da comissão no setor. Sarti, que enfatizou a importância da descarbonização, construção com madeira e eficiência energética, explicou que a CBIC representa cerca de 70 mil empresas em todo o Brasil. Além disso, ressaltou que a adaptação às novas exigências ambientais, como a realização de inventários de carbono, será crucial para acessar financiamentos futuros.
Lílian Sarrouf, membro da CMA, discutiu a Taxonomia como uma ferramenta essencial para medir riscos socioambientais e apoiar instituições financeiras e governos na avaliação de financiamentos. Sarrouf alertou para possíveis custos adicionais relacionados à compensação de carbono e o impacto das novas exigências no setor industrial.
Mariana Ribeiro Martins, representante da CBIC no Grupo de Trabalho de Edificações do Ministério de Minas e Energia, apresentou duas iniciativas relevantes: o Solar Decathlon e a nova Norma de Umidade. O Solar Decathlon é uma competição inovadora que busca promover a eficiência energética em edificações através de protótipos criados por estudantes e a iniciativa privada. A Norma de Umidade visa enfrentar problemas de mofo e umidade, adaptando metodologias para a diversidade climática brasileira.
Mariana também discutiu a etiquetagem energética para edifícios, que desde 2013 existe, mas com adesão ainda baixa. A nova proposta de etiquetagem obrigatória, a partir de 2035 para municípios com mais de 100.000 habitantes e 2040 para municípios com mais de 50.000 habitantes, pretende facilitar a adesão inicial e melhorar o desempenho energético das construções.
Davi Bontempo, Superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), falou sobre a atuação da entidade nas Conferências das Partes (COPs) sobre mudanças climáticas. Bontempo destacou a evolução da participação da CNI desde a COP 25 em Madrid, passando pela colaboração com o governo nas COPs 26 e 27, até a abordagem focada em negócios na COP 28 em Dubai. A CNI planeja continuar seu foco na promoção de projetos e resultados de transição para baixo carbono nas próximas edições, incluindo a COP 29 em Baku e a COP 30 em Belém.
Na parte da tarde, a programação seguiu para a sede da Sicredi Dexis, que recebeu a certificação LEED Platinum, o mais alto nível de certificação para prédios verdes. O prédio, com quase 20 mil metros quadrados divididos em duas torres, é um exemplo de inovação sustentável, com sistemas avançados de automação para controle de energia, água e condições ambientais. O projeto é assinado pelos arquitetos Edson e Wilson Yabiku, e sua execução foi realizada pela Plaenge Industrial.
O evento contou com a realização regional do Sinduscon-Nor/PR, Eurogarden Maringá e Sicredi Dexis.
O tema tem interface com o projeto “Descarbonização do setor da Indústria da Construção e os Negócios e Soluções Inovadoras em Sustentabilidade”, da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da CBIC, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
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